O Mistério da Estrada de Sintra - Cap. 14: CAPÍTULO II Pág. 90 / 245

Olhei: na página estava desenhada uma mulher com um penteador branco, debruçada a uma janela, tendo em frente um horizonte com montanhas e o mar. Era o retrato perfeito da condessa. Ele tinha-a visto assim na véspera, ao luar, à janela do Club-House.

O conde tinha-se aproximado.

- Como! como! És tu, Luiza! Mas que talento! É um homem adorável, capitão.

Que desenho! Que verdade!

- Oh! não! não! disse o capitão. ontem estava no meu quarto, em Club-House; instintivamente tinha o álbum aberto, e o lápis, sem eu querer, sem intenção minha, espontaneamente, fez este retrato. É um lápis que deve ser castigado.

- O quê! gritou o conde, é um lápis encantado. Capitão, está decidido que vai jantar comigo, logo que cheguemos a Malta. Já o não largo, meu caro! há de ser o nosso cicerone em Malta. Mas que talento! Que verdade!

E falando em português para a condessa:

- E um bebedor de cerveja, hein?

Nesse momento uma sineta tocou: era o almoço.





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