Calafrio - Cap. 4: Capítulo 4 Pág. 25 / 164

— Está a falar na resposta àquela carta? — Já me decidira. — Absolutamente nada.

— E quanto ao tio?

Fui igualmente peremptório.

— Nada.

—E quanto ao rapazinho?

Ai, sem dúvida que fui maravilhosa.

— Nada.

Mrs. Grose limpou a boca a uma das pontas do avental.

— Nesse caso, pode contar comigo. Nós tratamos do assunto.

— Sim, nós tratamos do assunto — concordei com ardor, ao mesmo tempo que lhe estendia a mão, como se com isso estivesse a selar um pacto.

Ela reteve a minha mão na sua durante alguns instantes; depois, com a outra mão, voltou a erguer a ponta do avental.

— Será que a menina se importava caso tomasse a liberdade. . . ?

— De me dar um beijo? De maneira nenhuma! — Passei os braços em redor daquela boa mulher e, depois de trocarmos um abraço fraternal, senti-me ainda mais resoluta e indignada.





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