- A que horas o encontraram? - perguntou Corentin.
- Pela alvorada.
- Trouxeram-no logo para aqui? - insistiu Corentin, que acabava de notar o estado da cama, que não fora usada.
- Sim, senhor.
- Quem o trouxe?
- As mulheres e o pequeno Michu, que me encontrou desmaiado.
«Bom! Eles não se deitaram- disse Corentin com os seus botões. - O brigadeiro não foi atingido nem por um tiro de espingarda nem por uma paulada, pois o adversário, para o, alcançar, teria de pôr-se à sua, altura, e tinha de estar a cavalo. Só podia, portanto, ser desarmado por um obstáculo que se opusesse à sua passagem. Uma armadilha de madeira? Não é possível. Uma cadeia de ferro? Teria deixado marcas.» - Que sentiu você? - inquiriu do brigadeiro, ao aproximar-se dele.
- Fui derrubado tão bruscamente...
- Tem a pele esfolada debaixo do queixo.
- Tive a, impressão de que me passou uma corda pela cara...
- Ora aí está! - exclamou Corentin. - Alguém estendeu uma corda entre duas árvores para barrar a passagem...
- Pode ser, sim, senhor, pode ser - murmurou o brigadeiro.
Corentin saiu do quarto e desceu à-sala.
- Pois bem, meu velho patife, acabemos com isto! - dizia Michu, dirigindo-se a Violette, com os olhos no espião. - Cento e vinte mil francos por tudo, e as minhas terras são tuas. Far-me-ei rendeiro.
- Só tenho, tão certo como haver um Deus único, sessenta mil.
- Mas se eu te dou um prazo para me pagares o resto! E aqui estamos nós desde ontem sem podermos fechar o negócio... Terras de primeira qualidade!
- As terras são boas - tornou-lhe Violette.
- Vinho, mulher! - gritou Michu.
-Ainda não beberam bastante? - exclamou a mãe de Marta.