Vinte Mil Léguas Submarinas - Cap. 7: Capítulo 7 Pág. 24 / 258

Procurei uma abertura na superfície, mas as linhas das cavilhas, solidamente achatadas na junção das folhas, eram contínuas e uniformes.

Por outro lado, a lua desapareceu naquele momento, deixando-nos na mais completa escuridão. Tínhamos de esperar pelo nascer do dia para tentarmos entrar naquele barco submarino.

Por volta das quatro horas da madrugada a velocidade do aparelho aumentou. A muito custo resistimos àquele vertiginoso andamento, pois as ondas batiam-nos em cheio. Ned encontrou uma grande argola fixa na parte superior do casco e nos agarramos a ela.

Enfim o dia rompeu. Fomos envolvidos pelas brumas matinais, que não tardaram a dissipar-se. Preparava-me para proceder a um exame atento do casco, que formava na parte superior uma espécie de plataforma horizontal, quando o senti submergindo.

- Com mil diabos! - gritou Ned Land, batendo com o pé no casco. - Abram, seus marinheiros pouco hospitaleiros!

Porém era difícil que o ouvissem no meio dos ruídos produzidos pelo barulho da hélice. Felizmente o movimento de imersão parou. De repente ouvimos o som de manuseamento de ferros no interior do barco. Abriu-se uma chapa. e surgiu um homem que desapareceu imediatamente, assim que nos viu. Instantes depois, apareceram oito robustos marinheiros, com os rostos cobertos, que nos levaram para o interior da sua formidável máquina.





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