Por outro lado, a lua desapareceu naquele momento, deixando-nos na mais completa escuridão. Tínhamos de esperar pelo nascer do dia para tentarmos entrar naquele barco submarino.
Por volta das quatro horas da madrugada a velocidade do aparelho aumentou. A muito custo resistimos àquele vertiginoso andamento, pois as ondas batiam-nos em cheio. Ned encontrou uma grande argola fixa na parte superior do casco e nos agarramos a ela.
Enfim o dia rompeu. Fomos envolvidos pelas brumas matinais, que não tardaram a dissipar-se. Preparava-me para proceder a um exame atento do casco, que formava na parte superior uma espécie de plataforma horizontal, quando o senti submergindo.
- Com mil diabos! - gritou Ned Land, batendo com o pé no casco. - Abram, seus marinheiros pouco hospitaleiros!
Porém era difícil que o ouvissem no meio dos ruídos produzidos pelo barulho da hélice. Felizmente o movimento de imersão parou. De repente ouvimos o som de manuseamento de ferros no interior do barco. Abriu-se uma chapa. e surgiu um homem que desapareceu imediatamente, assim que nos viu. Instantes depois, apareceram oito robustos marinheiros, com os rostos cobertos, que nos levaram para o interior da sua formidável máquina.