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Capítulo 25: O desconhecido

Página 201

Em Liorne procurou um judeu e vendeu por cinco mil francos cada um dos quatro dos seus mais pequenos diamantes. O judeu gostaria de saber como é que um marinheiro se encontrava de posse de semelhantes pedras, mas conteve a curiosidade, pois ganhava mil francos em cada uma.

No dia seguinte comprou um barco novinho em folha, que deu a Jacopo, bem como mais cem piastras para que pudesse contratar uma tripulação. E isto com a condição de Jacopo ir a Marselha procurar notícias de um velho chamado Louis Dantès, residente nas Alamedas de Meilhan, e de uma rapariga moradora na aldeia dos Catalães e chamada Mercédès.

Jacopo julgou sonhar. Edmond contou-lhe então que se tornara marinheiro devido a uma cabeçada e porque a família lhe recusava o dinheiro necessário à sua manutenção. Mas que ao chegar a Liorne recebera a herança de um tio que o nomeara seu único herdeiro. A educação elevada de Dantès dava a essa história tal verossimilhança que Jacopo nem por um instante duvidou que o seu antigo companheiro lhe não dissesse a verdade.

Por outro lado, como o contrato de Edmond a bordo da Jeune-Amélie expirara, o jovem despediu-se do patrão, que começou por tentar retê-lo, mas que ao saber como Jacopo a história da herança perdeu imediatamente a esperança de vencer a resolução do seu antigo marinheiro.

No dia seguinte, Jacopo fez-se de vela para Marselha. Deveria reencontrar-se com Edmond em Monte-Cristo.

No mesmo dia, Dantès partiu sem dizer para onde ia, depois de se despedir da tripulação da Jeune-Amélie com uma esplêndida gratificação e do patrão com a promessa de lhe dar qualquer dia notícias suas.

Dantès seguiu para Génova.

Na altura da sua chegada experimentava-se um iatezinho encomendado por um inglês que, tendo ouvido dizer que os Genoveses eram os melhores construtores do Mediterrâneo, quisera ter um iate construído em Génova. O inglês ajustara o preço de quarenta mil francos; Dantès ofereceu sessenta mil, com a condição de o navio lhe ser entregue naquele mesmo dia.

O inglês fora dar uma volta pela Suíça enquanto esperava que o navio fosse construído e só deveria voltar dentro de três semanas ou um mês. O construtor pensou que teria tempo de pôr outro no estaleiro. Dantès levou o construtor a casa de um judeu, entrou com ele para os fundos da loja e o judeu contou sessenta mil francos ao construtor.

Este ofereceu a Dantès os seus serviços para lhe arranjar uma tripulação, mas Dantès agradeceu-lhe, dizendo-lhe que estava habituado a navegar sozinho e que a única coisa que desejava era que lhe fizessem no camarote, à cabeceira da cama, um armário secreto, com três compartimentos também secretos.

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pág. 201 (Capítulo 25)

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 201

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069