Calafrio - Cap. 20: Capítulo 20 Pág. 125 / 164

A mulher olhou para o lugar onde o barco deveria estar e depois novamente para a margem oposto.

— Nesse caso, onde é que ele está?

—O facto de não o vermos funciona como a melhor prova de que o levaram. Ela usou-o para sair daqui e depois arranjou maneira de o ocultar.

— Sozinha? Uma criança?

— A Flora não está sozinha e, nestas alturas, é tudo menos uma criança. É uma mulher crescida, bastante crescida mesmo. — Examinei novamente a margem, enquanto Mrs. Grose reflectia a respeito do que lhe dissera, o que podia ser entendido como uma forma de submissão. Acabei por observar que o barco podia estar escondido numa pequena reentrância do lago, ocultada pela projecção da própria margem e por um amontoado de árvores que cresciam perto da água.

— Mas, se o barco está mesmo lá, onde é que ela poderá estar? — inquiriu a minha companheira, apreensiva.

— E exactamente isso que temos de descobrir. — E comecei a andar.

— Vamos contornar a margem?

— Claro. Devemos demorar qualquer coisa como dez minutos, mas trata-se de uma distancia suficientemente grande para que uma criança prefira não a percorrer a pé. A Flora achou por bem seguir a direito.





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