Calafrio - Cap. 25: Capítulo 25 Pág. 163 / 164

Parei, estupefacta, pela sua suposição—talvez alguma sequela do que acontecera a Flora, mas isso fez que quisesse mostrar-lhe que era melhor do que isso.

— Não é Miss Jessel! Mas está ali, à janela... mesmo à nossa frente. Está ali, o covarde, mas é a última vez que o vemos!

Ao escutar aquilo, depois de um segundo em que a sua cabeça executou o movimento de um cão encurralado que fareja o perigo e se agitou como que em busca de um pouco de ar e luz, como que possesso, olhou em volta e, nada encontrando, apesar de eu poder sentir aquela presença maléfica espalhar-se no ar como um veneno, acabou por voltar-se para mim.

— É ele?

Sentia-me tão ansiosa por obter a resposta que há tanto tempo vinha perseguindo que não hesitei em desafiá-lo.

— Ele quem?

— Peter Quint, sua desgraçada! — gritou, os olhos muito abertos em convulsiva súplica. — Onde é que ele está?

Ainda tenho nos meus ouvidos a suprema capitulação do nome, aquele tributo à minha devoção.





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