Calafrio - Cap. 15: Capítulo 15 Pág. 99 / 164

Naquele instante senti que, afinal, talvez conseguisse dominar-me.

— Claro que pode. Só que não vai fazer isso.

— Não, isso não. É que o que fiz não foi nada.

—Tudo bem, não foi nada — repeti. — Mas temos de seguir o nosso caminho.

Ele acedeu à minha sugestão, agarrando-se ao meu braço.

— Nesse caso, quando é que volto para a escola?

Quando me virei para ele, o meu rosto não podia estar mais composto. —Sentia-se feliz na escola?

Ele pareceu considerar a questão.

— Oh, acho que me sinto feliz em qualquer lado! — Nesse caso — atrevi-me a sugerir —, se também se sente feliz aqui... — Ah, mas isso não é tudo! Claro que a senhora sabe muito...

— E acha que já sabe quase tanto quanto eu? — arrisquei, aproveitando a pausa.

— Nem metade do que gostaria de saber! — exclamou ele com a máxima das honestidades. —Não era bem a esse aspecto que estava a referir-me.

— Nesse caso, pode dizer-me o que tem em mente?

— Bem quero ver e aprender mais sobre a vida.





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