Passaram-se mais cinco dias sem que a situação se alterasse. O capitão não aparecia e todas as manhãs quando eu subia à plataforma ouvia a mesma frase pronunciada pelo imediato.
No dia 16 de novembro, ao entrar no meu quarto com Ned Land e Conselho, encontrei sobre a mesa um bilhete do Capitão Nemo. Convidava-me e aos meus companheiros para que o acompanhássemos numa caçada às florestas da ilha Crespo.
- Uma caçada! - admirou-se Ned Land. - Então o capitão tenciona ir à terra - acrescentou.
- Parece-me que sim - disse eu, relendo o convite.
- Temos de aceitar o convite dele - falou o canadiano. - Uma vez em terra firme decidiremos o que vamos fazer. Por outro lado, não me importava nada de comer um pedaço de carne fresca.
Decidimos que aceitaríamos o convite do capitão. Ned Land e Conselho retiraram-se e o criado de bordo apareceu logo para me servir o jantar. Deitei-me mais cedo naquela noite e adormeci um pouco preocupado com Ned Land e a caçada para a qual fôramos convidados.
No dia seguinte, 17 de novembro, ao despertar senti que o “Nautilus” estava absolutamente imóvel. Vesti-me apressadamente e me encaminhei para o grande salão.