Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 2: O pai e o filho

Página 12

- O que quer dizer - comentou - Dantès com um sorriso que disfarçava mal a sua inquietação - que se não fosse comandante....

- Eh, eh! - gargalhou Caderousse.

- Vamos, vamos - atalhou o rapaz -, tenho melhor opinião do que você acerca das mulheres em geral e de Mercédès em particular e estou convencido de que, seja ou não comandante, ela me permanecerá fiel.

- Tanto melhor, tanto melhor! - exclamou Caderousse. - É sempre bom um homem ter fé quando se vai casar. Mas não importa! Acredita no que te digo, rapaz: não percas tempo a ir anunciar-lhe a tua chegada e a dar-lhe conta das tuas esperanças.

- Vou já - disse Edmond.

Beijou o pai, cumprimentou Caderousse com um aceno e saiu.

Caderousse ficou mais um instante. Depois, despediu-se do velho Dantès, desceu por seu turno e foi ter com Danglars, que o esperava à esquina da Rua Senac.

- Então, viste-o? - perguntou Danglars.

- Acabo de o deixar - respondeu Caderousse.

- Falou-te da sua esperança de ser comandante?

- Falou e como se já o fosse.

- Pois que tenha paciência - redarguiu Danglars. - Parece-me que vai um bocadinho depressa de mais....

- Demónio, mas se a coisa lhe foi prometida pelo Sr. Morrel!...

- De maneira que está contentíssimo?

- Será melhor dizer que está insolente. Já me ofereceu os seus serviços como se fosse uma grande personagem e ofereceu-se até para me emprestar dinheiro como se fosse um banqueiro.

- E tu recusaste?

- Evidentemente, embora pudesse muito bem aceitar, atendendo a que fui eu quem lhe pôs na mão as primeiras moedas de prata em que tocou. Mas agora o Sr. Dantès já não precisará de ninguém, vai ser comandante.

- Ora, ainda o não é! - atalhou Danglars.

- Palavra que seria bem feito que o não fosse - declarou Caderousse. - De contrário, ninguém poderá com a sua vida.

- Pois se nós quisermos - insinuou Danglars - ficará o que é e talvez até se torne menos do que é…

- Que dizes?

- Nada, falo comigo mesmo. Continua apaixonado pela bela catalã?

- Está louco por ela. Foi vê-la. Mas ou me engano muito ou espera-o um desgosto desse lado.

- Explica-te.

- Para quê?

- É mais importante do que julgas. Não gostas do Dantès, pois não?

- Não gosto dos arrogantes.

- Então, desembucha, diz-me o que sabes acerca da catalã.

- Não sei nada de muito positivo; apenas tenho visto coisas que me levam a crer, como te disse, que o futuro comandante terá um desgosto nas imediações do Caminho das Vieilles-infirmeries.

- Que viste? Vamos, diz.

- Bom, vi que todas as vezes que Mercédès vem à cidade a acompanha um mocetão de olhos negros, corado, muito moreno, muito ardente, com todo o ar de catalão e a quem ela trata por «meu primo».

<< Página Anterior

pág. 12 (Capítulo 2)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 12

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069