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Capítulo 33: Bandidos Romanos

Página 288

- Per Bacco! - exclamou mestre Pastrini. - Ora aí está o que se chama falar! Albert serviu-se de um copo de lacryma Christi, que bebeu aos golinhos, resmungando palavras ininteligíveis.

- Agora, mestre Pastrini - prosseguiu Franz -, que o meu companheiro está calmo e o senhor teve ensejo de apreciar as minhas disposições pacíficas; agora, vejamos quem é o Sr Luigi Vampa? É pastor ou patrício? Novo ou velho? Baixo ou alto? Descreva-no-lo, a fim de, se o encontrarmos por acaso no mundo como Jean Sbogar ou Lara, possamos ao menos reconhecê-lo.

- Não poderia dirigir-se a ninguém mais indicado do que eu, Excelência, para ter pormenores exactos, pois conheci Luigi Vampa em criança. E até um dia em que eu próprio lhe caí nas mãos, ao ir de Ferentino para Alatri, teve a sorte de se lembrar de mim, do nosso antigo conhecimento. Deixou-me passar, não só sem me fazer pagar o resgate, mas também só depois de me oferecer um riquíssimo relógio e de me contar a sua história.

- Vejamos o relógio.

Mestre Pastrini tirou da algibeira do colete um magnífico Bréguet com o nome do seu autor, a marca de Paris e uma coroa de conde.

- Aqui o tem - disse.

- Apre! - exclamou Albert. - Os meus cumprimentos. Tenho um mais ou menos idêntico - e tirou o relógio da algibeira do colete -, mas custou-me três mil francos.

- Ouçamos a história - disse Franz por seu turno, puxando uma poltrona e fazendo sinal a mestre Pastrini para se sentar.

- Vossas Excelências dão-me licença? - perguntou o hoteleiro.

- Por Deus, você, meu caro, não é um pregador para falar de pé - observou Albert

O hoteleiro sentou-se depois de fazer a cada um dos seus futuros ouvintes uma saudação respeitosa, a qual tinha como finalidade indicar que estava pronto a prestar a respeito de Luigi Vampa as informações que desejassem.

- Um momento! - pediu, Franz, detendo mestre Pastrini quando este já abria a boca. - Diz que conheceu Luigi Vampa em pequeno. É portanto ainda um homem novo?

- Como um homem novo?... Evidentemente que sim. Tem apenas vinte e dois anos! Oh, é um figurão que irá longe, podem ter a certeza!

- Que diz a isto, Albert? É belo, aos vinte e dois anos, ter já conseguido uma reputação - comentou Franz.

- Sim, decerto. Na sua idade, Alexandre, César e Napoleão, que depois fizeram certo barulho no mundo, não estavam tão adiantados como ele.

- Portanto, o herói cuja história vamos ouvir só tem vinte e dois anos? - prosseguiu Franz, dirigindo-se ao hoteleiro.

- Só, como já tive a honra de lhe dizer.

- É alto ou baixo?

- De estatura média. Pouco mais ou menos como Sua Excelência respondeu o hoteleiro, indicando Albert.

- Obrigado pela comparação - disse este, inclinando-se.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 288

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069