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Capítulo 36: O Carnaval de Roma

Página 344

Então dirigiram-se para o Palácio Rospoli, mas o conde também desaparecera com o dominó azul. As duas janelas forradas de damasco amarelo continuavam, de resto, a ser ocupadas por pessoas que sem dúvida convidara.

Naquele momento, o mesmo sino que tocara para a abertura da mascherata tocou para o encerramento. A fila do Corso rompeu-se imediatamente e num instante todas as carruagens desapareceram nas ruas transversais.

Franz e Albert encontravam-se então defronte da Via delle Maratte.

O cocheiro meteu por ela sem dizer nada, alcançou a Praça de Espanha contornou o Palácio Poli e parou diante do hotel.

Mestre Pastrini veio receber os seus hóspedes à porta.

O primeiro cuidado de Franz foi informar-se acerca do conde e exprimir o seu pesar por o não terem ido buscar a tempo, mas Pastrini tranquilizou-o dizendo-lhe que o conde de Monte-Cristo reservara segunda carruagem para si e essa carruagem fora buscá-lo às quatro horas ao Palácio Rospoli. Além disso, estava encarregado de oferecer da parte dele aos dois amigos a chave do seu camarote no Teatro Argentina.

Franz consultou Albert acerca das suas disposições, mas Albert tinha grandes projectos a pôr em prática antes de pensar em ir ao teatro. Por isso, em vez de responder, informou-se se mestre Pastrini lhe poderia arranjar um alfaiate.

- Para que quer o nosso hóspede um alfaiate?

- Para nos fazer daqui até amanhã, trajes de camponeses romanos tão elegantes quanto possível - respondeu Albert

Mestre Pastrini abanou a cabeça.

- Fazer-lhes daqui até amanhã dois fatos?! - exclamou. - Ora aí está, com perdão de Vossas Excelências, um pedido à francesa. Dois fatos! Se daqui a oito dias não encontrariam com certeza um alfaiate que consentisse em pregar seis botões num colete, nem que lhe pagassem os botões a um escudo cada um!

- Quer dizer que devo desistir de arranjar os fatos que desejo?

- Não, porque arranjaremos os fatos já prontos. Deixe-me tratar disso e amanhã encontrarão quando acordarem uma colecção de chapéus, jaquetas e calções que os deixará satisfeitos.

- Meu caro - disse Franz a Albert -, confiemos no nosso hoteleiro, que já nos provou ser homem de recursos. Jantemos pois tranquilamente e depois do jantar vamos ver A Italiana em Argel.

- Seja A Italiana em Argel - admitiu Albert.

- Mas não se esqueça, mestre Pastrini, que eu e este senhor - continuou, indicando Franz - atribuímos a mais alta importância a termos amanhã os trajes que pedimos.

O hoteleiro garantiu mais uma vez aos seus hóspedes que não tinham de se preocupar fosse com o que fosse e que os seus desejos seriam satisfeitos. Assim Franz e Albert subiram aos seus quartos para despirem os trajes de palhaços.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 344

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069