Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 1: Marselha - A Chegada

Página 5

- Então, parece que lhe deu boas razões acerca da sua escala em Porto Ferraio....

- Excelentes, meu caro Sr. Danglars.

- Ah, tanto melhor! - exclamou este. - Porque é sempre desagradável ver um companheiro não cumprir o seu dever.

- Dantès cumpriu o seu - respondeu o armador - e não há nada a dizer.

- A propósito do comandante Leclère, não lhe entregou uma carta dele?

- Quem?

- Dantès.

- A mim, não! Quer dizer que havia uma carta?

- Julgava que, além do pacote, o comandante Leclère lhe confiara uma carta.

- De que pacote fala, Danglars?

- Daquele que Dantès entregou ao passar por Porto Ferraio.

- Como sabe que tinha de entregar um pacote em Porto Ferraio?

Danglars corou.

- Passava diante da porta do comandante, que estava entreaberta, e vi-o entregar o pacote e a carta a Dantès.

- Não me disse nada a esse respeito - redarguiu o armador mas se tem essa carta entregar-ma-á.

Danglars refletiu um instante.

- Nesse caso, Sr. Morrel, peço-lhe que não diga nada disto a Dantès. Provavelmente, enganei-me

Neste momento o jovem regressava. Danglars afastou-se.

- Então, meu caro Dantès, já está livre? - perguntou o armador.

- Estou, sim, senhor.

- Não demorou muito tempo.

- Pois não. Entreguei aos funcionários da Alfândega a lista das nossas mercadorias, e quanto à sanidade mandara com o piloto um homem a quem entreguei os nossos documentos.

- Então já não tem mais nada que fazer aqui?

Dantès deitou um olhar rápido à sua volta.

- Não, está tudo em ordem – respondeu.

- Nesse caso, pode vir jantar connosco?

- Desculpe-me, Sr. Morrel, desculpe-me, peço-lhe, mas devo a minha primeira visita a meu pai. Mas nem por isso fico menos reconhecido pela honra que me concede.

- É justo, Dantès, é justo. Sei que é um bom filho.

- E... sabe se ele está bem... o meu pai? - perguntou Dantès, com certa hesitação.

- Creio que sim, meu caro Edmond, embora o não tenha visto.

- Sim, gosta de estar fechado no seu quartito.

- O que prova, pelo menos, que não lhe faltou nada durante a sua ausência.

Dantès sorriu.

- Meu pai é orgulhoso, senhor. Mesmo que lhe faltasse tudo duvido que pedisse qualquer coisa a quem quer que fosse no mundo, excepto a Deus.

- Bom, depois dessa primeira visita contamos consigo.

- Desculpe-me novamente, Sr. Morrel, mas depois desta primeira visita tenho uma segunda que me não é menos grata ao coração.

- Ah, é verdade, Dantès? Esquecia-me de que há nos Catalães alguém que o deve esperar com não menos impaciência do que o seu pai: a bela Mercédès.

<< Página Anterior

pág. 5 (Capítulo 1)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 5

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069