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Capítulo 1: Marselha - A Chegada

Página 6

Dantès sorriu.

- Ah, ah! - exclamou o armador. - Agora já me não admira que ela tenha vindo três vezes pedir-me notícias do Pharaon. Apre, Edmond, escusa de se queixar, tem ali uma bonita amante!

- Não é minha amante, senhor - observou gravemente o jovem marinheiro -, é minha noiva.

- É tudo a mesma coisa - comentou o armador, rindo.

- Mas não para nós, senhor - respondeu Dantès.

- Pronto, pronto, meu caro Edmond - prosseguiu o armador - não o retenho mais. Cuidou tão bem dos meus negócios que merece que lhe dê todo o tempo de que precisar para tratar dos seus. Precisa de dinheiro?

- Não, senhor. Tenho todos os meus vencimentos de viagem, isto é, perto de três meses de soldo.

- Você é um rapaz ajuizado, Edmond.

- Acrescente que tenho um pai pobre, Sr. Morrel.

- Sim, sim, sei que é um bom filho. Pronto, vá ver o seu pai.

Também tenho um filho e levaria muito a mal a quem, depois de uma viagem de três meses, o retivesse longe de mim.

- Nesse caso, se me dá licença... - disse o jovem cumprimentando.

- Dou, se não tem mais nada a dizer-me.

- Não.

- O comandante Leclère não lhe deu, ao morrer, uma carta para mim?

- Foi-lhe impossível escrever, senhor. Mas isso recorda-me que desejo pedir-lhe quinze dias de licença.

- Para se casar?

- Primeiro; depois para ir a Paris.

- Pois sim, pois sim, tome o tempo que quiser, Dantès. Levaremos bem seis semanas a descarregar o navio e não voltaremos ao mar antes de três meses... Mas daqui a três meses tem de estar de volta. O Pharaon - continuou o armador, batendo no ombro do jovem marinheiro - não poderia partir sem o seu comandante.

- Sem o seu comandante! - exclamou Dantès, com os olhos brilhantes de alegria. - Veja bem o que diz, senhor, pois acaba de corresponder às mais secretas esperanças do meu coração. Será sua intenção nomear-me comandante do Pharaon?

- Se fosse sozinho, estender-lhe-ia a mão, meu caro Dantès, e dir-lhe-ia: «Está feito.» Mas tenho um sócio e você conhece o provérbio italiano: «Che a compàgno a padróne.» Mas pelo menos metade do caminho está andado, porque de dois votos já pode contar com um. Confie em mim para obter o outro.

- Oh, Sr. Morrel! - exclamou o jovem marinheiro com as lágrimas nos olhos, pegando nas mãos do armador. - Agradeço-lhe, Sr. Morrel, em nome de meu pai e de Mercédès.

- Está bem, está bem, Edmond. Há um Deus no Céu para as pessoas dignas, que diabo! Vá ver o seu pai, vá ver Mercédès e procure-me depois.

- Não quer que o leve a terra?

- Não, obrigado. Fico a tratar das minhas contas com Danglars. Ficou satisfeito com ele durante a viagem?

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 6

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069