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Capítulo 54: A alta e a baixa

Página 534

- Porque - respondeu Albert, rindo - as notícias sucedem-se e não se assemelham...

- Demónio, o Sr. Danglars arrisca trezentos mil francos num dia! É obra! Mas então deve ser enormemente rico... - observou Monte-Cristo.

- Não é ele que joga! - atalhou vivamente Lucien. - é a Sr.ª Danglars, que é realmente uma mulher intrépida.

- Mas você, que é razoável e sabe alguma coisa de estabilidade de notícias, uma vez que está na fonte, deveria impedi-la dessas loucuras - disse Morcerf, sorrindo.

- Como o conseguiria se o marido o não consegue? - perguntou Lucien. - Conhece o temperamento da baronesa; ninguém tem influência sobre ela e só faz absolutamente o que quer.

- Oh, se estivesse no seu lugar!... - insinuou Albert.

- Que faria? - Curava-a desse vício. Seria um favor que prestaria ao seu futuro genro.

- Mas como?

- Meu Deus, de maneira muito fácil: dava-lhe uma lição!

- Uma lição?...

- Sim. A sua posição de secretário do ministro dá-lhe uma grande autoridade no tocante às notícias. Se você não abrir a boca, os cambistas não estenogratarão a correr as suas palavras. Faça-a perder uma centena de milhar de francos, sucessivamente, e verá que isso a torna prudente.

- Não compreendo... - balbuciou Lucien.

- Pois é simples - respondeu o rapaz, com uma ingenuidade que não tinha nada de simulada. - Anuncie-lhe uma bela manhã qualquer coisa inaudita, uma notícia telegráfica que só você possa saber. Que Henrique IV, por exemplo, foi visto ontem em casa de Gabrielle. Isso fará subir os fundos, ela fará a sua jogada de bolsa em conformidade e perderá certamente quando Beauchamp escrever no dia seguinte no seu jornal: «É sem fundamento que as pessoas bem informadas afirmam que o rei Henrique IV foi visto anteontem em casa de Gabrielle. Essa notícia é completamente inexacta; o rei Henrique IV não saiu da Ponte Nova.

Lucien desatou a rir desdenhosamente. Mas Monte-Cristo, embora aparentando indiferença, não perdera uma palavra do diálogo e o seu olhar perscrutador julgara mesmo ter descoberto um segredo no embaraço do secretário particular.

E em consequência desse embaraço, que escapara completamente a Albert, Lucien abreviou a sua visita. Sentia-se evidentemente pouco à vontade. Ao acompanhá-lo à saída, o conde disse-lhe algumas palavras em voz baixa, às quais ele respondeu:

- Com muito gosto, Sr. Conde. Aceito.

O conde voltou para junto do jovem Morcerf

- Não acha, pensando melhor - disse-lhe -, que fez mal em falar como falou da sua sogra diante do Sr. Debray?

- Por favor, conde - pediu Morcerf -, suplico-lhe que não diga antecipadamente essa palavra.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 534

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069