Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 68: Um baile de Verão

Página 651

- Mas o Sr. Cavalcanti filho fica. Quer encarregar-se de levar o Sr. Cavalcanti filho?

- Ouça, visconde, eu não o conheço...

- Não o conhece?

- Não. Vi-o pela primeira vez há três ou quatro dias e não respondo por ele em nada.

- Mas o senhor recebe-o bem!

- Comigo é outra coisa. Foi-me recomendado por um excelente abade, que no entanto pode muito bem ter sido ele próprio enganado. Convide-o directamente, se quiser, mas não me peça que lho apresente. Se mais tarde casasse com Mademoiselle Danglars, o senhor acusar-me-ia de manejos e quereria bater-se comigo. De resto, não sei se eu mesmo irei

- Aonde?

- Ao seu baile.

- Porque não iria?

- Primeiro porque o senhor ainda me não convidou...

- Vim cá de propósito trazer-lhe pessoalmente o seu convite.

- Oh, que amabilidade! Mas posso ter qualquer impedimento.

- Quando lhe disser uma coisa, creio que será suficiente amável para nos sacrificar todos os impedimentos.

- Diga.

- A minha mãe pede-lhe que vá.

- A Sr.ª Condessa de Morcerf? - perguntou Monte-Cristo, estremecendo.

- Ah, conde - disse Albert -, previno-o de que a Sr.ª de Morcerf conversa livremente comigo! E se o senhor não sentiu ainda vibrar em si as fibras simpáticas de que lhe falava há pouco, é porque essas fibras lhe faltam completamente, pois durante quatro dias só falámos do senhor.

- De mim? Na verdade, confunde-me!

- Privilégio do seu comportamento. Quando se é um problema vivo...

- Ah! Sou portanto também um problema para a sua mãe?... Para ser franco, julgava-a demasiado sensata para se dedicar a semelhantes fantasias!

- Problema, meu caro conde, problema para todos, tanto para a minha mãe como para os outros; problema aceite, mas não adivinhado, pois o senhor continua a ser um enigma. Tranquilize-se: a minha mãe apenas se interroga constantemente como é possível que o senhor seja tão novo. Creio que no fundo, enquanto a condessa G... o toma por Lorde Ruthwen, a minha mãe toma-o por Cagliostro ou pelo conde de Saint-Germain. A primeira vez que vir a Sr.ª de Morcerf, confirme-lhe essa opinião. Não lhe será difícil, pois possui a pedra filosofal de um e o espírito do outro.

- Agradeço-lhe ter-me prevenido - redarguiu o conde, sorrindo. - Procurarei pôr-me em condições de enfrentar todas as hipóteses.

- Portanto, irá no sábado?

- Se a Sr.ª de Morcerf mo pede...

- É muito amável.

- E o Sr. Danglars?

- Oh, já recebeu o triplo convite! O meu pai encarregou-se disso. Procuraremos ter também o grande Aguesseau, ou seja, o Sr. de Villefort, mas duvido.

- Nunca se deve duvidar de nada, diz o provérbio.

- Dança, caro conde?

- Eu?

<< Página Anterior

pág. 651 (Capítulo 68)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 651

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069