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Capítulo 70: O baile

Página 666
Não sou como o senhor, visconde; o senhor liga mesmo importância ao seu, não é verdade?

- Certamente - respondeu Albert -, pois se não fosse visconde não seria mais nada, ao passo que o senhor pode sacrificar o seu título de barão porque ainda lhe fica o de milionário.

- O que me parece o mais belo título que se possa desejar na monarquia de Julho - salientou Danglars.

- Infelizmente - atalhou Monte-Cristo -, não se é milionário vitalício como se é barão, par de França ou académico; assim o provam os milionários Franck & Poulmann, de Francoforte, que acabam de abrir falência.

- Sim? - murmurou Danglars, empalidecendo.

- Palavra. Recebi a notícia esta tarde, por um correio. Tinha qualquer coisa como um milhão na casa deles, mas, avisado a tempo, exigi o seu reembolso há coisa de um mês, pouco mais ou menos.

- Ah, meu Deus, sacaram sobre mim duzentos mil francos! - exclamou Danglars.

- Então está avisado - a sua assinatura vale cinco por cento.

- Pois sim, mas o seu aviso vem demasiado tarde - redarguiu Danglars. - Já honrei a assinatura deles.

- Bom, são mais duzentos mil francos que se foram juntar... - começou Monte-Cristo.

- Caluda! - atalhou Danglars. - Não fale dessas coisas...

Depois, aproximando-se de Monte-Cristo:

- Sobretudo diante do Sr. Cavalcanti filho - acrescentou o banqueiro, que, ao pronunciar estas palavras, se virou sorrindo para o lado do jovem italiano.

Morcerf deixara o conde para ir falar à mãe. Danglars deixou-o para cumprimentar Cavalcanti filho. Monte-Cristo encontrou-se por um instante sozinho.

Entretanto, o calor começava a tornar-se excessivo.

Os criados circulavam pelos salões com bandejas carregadas de fruta e gelados. Monte-Cristo enxugou com o lenço o rosto perlado de suor. Mas recuou quando a bandeja passou diante dele e não tirou nada para se refrescar.

A Sr.ª de Morcerf não tirava os olhos de Monte-Cristo. Viu passar a bandeja sem que ele lhe tocasse e notou também a forma como se afastou dela.

- Albert, reparaste numa coisa?

- Qual, minha mãe?

- Que o conde nunca aceitou jantar em casa do Sr. de Morcerf.

- Pois sim, mas aceitou almoçar em minha casa, e foi até por intermédio desse almoço que entrou na sociedade.

- Em tua casa não é em casa do conde - murmurou Mercédès. - Além disso, desde que chegou que o observo.

- E então?

- E então? Ainda não tomou nada.

- O conde é muito sóbrio.

Mercédès sorriu tristemente.

- Aproxima-te dele - pediu, - e à primeira bandeja que passar, insiste.

- Porquê, minha mãe?

- Faz-me esse favor, Albert - insistiu Mercédès.

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pág. 666 (Capítulo 70)

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 666

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069