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Capítulo 33: Capítulo 33

Página 188
Porventura, aqueles santos tão rogados estavam em volta dela a defendê-la das tentações do primo Lopo. Já Teodora o repulsava desabridamente, quando se via no risco de ser abalada em sua fidelidade. A pervicácia, porém, do astuto negociador de seus vilíssimos interesses, servidos por infames lágrimas e exclamações compungentes, alguma vez a apanhou de salto quase desprotegida do escudo celestial.

Mas — honra à virtude que cai mais tarde que o costume! — honra à virtude de Teodora, que lhe punha sempre diante dos olhos, nas conjunturas perigosas, a imagem do marido, e de sua mãe e avós, todas esposas imaculadas!

Passemos a esponja por sobre Penélopes e Lucrécias.

Começou Calisto a receber cartas de sua mulher. Algumas, que abriu, não pôde digeri-las. Como a dor sincera não costuma ser eloquente, nem a ortografia da filha do boticário exprimia com certeza as singelas lástimas de Teodora, o cru marido queimava as cartas para desmemória eterna.

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pág. 188 (Capítulo 33)

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Capa do livro A Queda de um Anjo
Páginas: 207
Página atual: 188

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 7
Capítulo 4 11
Capítulo 5 16
Capítulo 6 22
Capítulo 7 26
Capítulo 8 34
Capítulo 9 41
Capítulo 10 47
Capítulo 11 57
Capítulo 12 60
Capítulo 13 68
Capítulo 14 74
Capítulo 15 78
Capítulo 16 86
Capítulo 17 91
Capítulo 18 96
Capítulo 19 106
Capítulo 20 111
Capítulo 21 114
Capítulo 22 118
Capítulo 23 125
Capítulo 24 131
Capítulo 25 136
Capítulo 26 147
Capítulo 27 151
Capítulo 28 157
Capítulo 29 161
Capítulo 38 207
Capítulo 37 204
Capítulo 36 202
Capítulo 35 193
Capítulo 34 189
Capítulo 33 184
Capítulo 32 180
Capítulo 31 175
Capítulo 30 166