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Capítulo 10: Capítulo 10

Página 56
Calisto Elói ganhara consideração na Câmara e no País.

Os deputados governamentais acercaram-se dele, convidando-o em termos delicados a aceitar, no banquete do progresso, o lugar que a sua inteligência reclamava. Os deputados oposicionistas conjuravam-no a não levantar mão de sobre os projectos depredadores com que a facção governamental andava cavando novas voragens ao País.

O morgado da Agra respondia que estava descontente de gregos e troianos, e acrescentava:

— Não sei, por ora, de qual dos lados da Câmara se fala pior a língua pátria. Tenho ouvido os quinhentistas à la moda, e os galiparlas. Todos ressabem a ervilhaca; uns estão gafados de francesias, outros tresandam nos seus dizeres a bafio que os bons seiscentistas rejeitaram. Carecem de cunho nacional estes homens. O mau português principia a sê-lo, desde que mareia a pureza de sua língua. Dêem-me portugueses de língua, e eu me bandearei com eles, como com portugueses de coração. Com aquele Dr. Libório do Porto nem para o céu. Tenho medo que Deus o não entenda, e nos ponha ambos fora de cambulhada.

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Capa do livro A Queda de um Anjo
Páginas: 207
Página atual: 56

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 7
Capítulo 4 11
Capítulo 5 16
Capítulo 6 22
Capítulo 7 26
Capítulo 8 34
Capítulo 9 41
Capítulo 10 47
Capítulo 11 57
Capítulo 12 60
Capítulo 13 68
Capítulo 14 74
Capítulo 15 78
Capítulo 16 86
Capítulo 17 91
Capítulo 18 96
Capítulo 19 106
Capítulo 20 111
Capítulo 21 114
Capítulo 22 118
Capítulo 23 125
Capítulo 24 131
Capítulo 25 136
Capítulo 26 147
Capítulo 27 151
Capítulo 28 157
Capítulo 29 161
Capítulo 38 207
Capítulo 37 204
Capítulo 36 202
Capítulo 35 193
Capítulo 34 189
Capítulo 33 184
Capítulo 32 180
Capítulo 31 175
Capítulo 30 166