Título: Os Brilhantes do Brasileiro
Ano de Edição: 1869
Páginas: 174
Sinopse: Recebeu o público urbanamente este livro posto que o livro não se apresentasse sempre de luva branca aos seus hospedeiros amigos. Algumas vezes, o autor, descurando a pauta do moderno decoro com os leitores, abusou do tom de familiaridade, e nos quer parecer que despiu a casaca, e se ficou em mangas de camisa a contar as manhas das Ruivas e Catraias, dos Fialhos e Atanásios. Tem ele dito aos seus antigos que a velhice autoriza certas liberdades; e que, por mais água de cal que se lance nos esgotos, os cheiros nauseativos vaporam sempre. Esta razão da velhice e dos cheiros não é eficaz; e, portanto, é de esperar que ele, na terceira edição do romance, introduza sifões mais perfeitos nas suas latrinas sociais, tornando inodoros os seus personagens.
Excerto:
«- Isso é verdade - consentiu o fiscal da Misericórdia; - mas é necessário que ela não torne a cair na asneira de dar tão grandes esmolas... que eu, amigos e senhores meus, ainda que ela me dissesse os nomes dos pobres, havia de por de quarentena a galga!... Enfim, lá vamos... »
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