Adoro-o.
Neste momento um ruido estranho tomou o navio.
Percebi uma forte dominação de oscilação, uma resistência contra a vaga. Os movimentos da embarcação já não pareciam inertes. Via-se que ela tinha retomado a sua vitalidade… Então senti o hélice… o hélice! O navio movia-se. Via-se a onda esmigalhada pela proa. Caminhávamos! Eu saltei para a abertura que desce à máquina.
- Que é? perguntei a um oficial que subia.
- Um milagre de Pernester!
Todos tinham corrido. Era uma ansiedade.
O capitão trepou rapidamente pela escada de ferro polida que do interior da máquina sobe ao pavimento do navio.
Estava radiante.
- Imaginem que Pernester…
- Sim, sim, interrompi, mas então?
- Vamos a caminho. Agora sopra, tormenta, sopra! Amanhã estamos em Malta.
- Bravo, Pernester! bravo! gritavam todos.
O grande homem subiu a escada da máquina, ofegante, impassível, vermelho, grave, ainda com a gravata branca do jantar. Esponjou a calva, e disse num tom suave:
- Now, I should enjoy a nice glass of beer…