Via-me em Nápoles, na baía, por um luar calmo: dormindo sob as vinhas em Ischia; ou na frescura das grutas do Pausilipo, onde ainda choram as náiades… A porta abriu-se de repente, um criado entrou com uma carta. Não vi a letra do envelope, não olhei sequer, mas sentia-a! Veio luz. Era verdade, era de Ritmel! Tive-a longo tempo na mão, incerta, trémula. Pu-la em cima da pedra de uma console, fui olhar-me ao espelho, vi-me pálida. No entanto a carta atraía-me, parecia-me que luzia sobre o mármore branco. Tomei-a, pesei-a, senti-lhe o aroma, e devagar, cansada, suspirando, com os braços vergados ao peso dela, fui-a lentamente abrindo.