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Capítulo 41: CAPÍTULO VIII

Página 222
É uma limitação da liberdade, é uma diminuição do carater; especializa, circunscreve o individuo é uma tirania natural, é o inimigo astuto do critério e do arbítrio. E queres que tenha esta base a tua situação na vida? E crês na estabilidade do amor, tu?… Sim, é possível, enquanto ele viver do imprevisto, do romance e do obstáculo; enquanto necessitar do coupé de stores cerrados; mas logo que entre num estado regular, que se estabeleça definidamente para durar, que se organize, que se economize, extingue-se trivialmente; e quando quer conservar-se, tem a miséria de se assimilar às chamas pintadas de um inferno de teatro. E então, desde o momento que o amor desaparecesse, que razão de ser tinha a tua vida, e que justificação tinha que dar de si o teu incoerente destino? Ficavas sem uma situação definida: tudo te era vedado, ou pela força das leis sociais, ou pela altivez da tua honra. Recuar para as coisas legítimas, arrepender-te, era impossível: o arrependimento é um fato católico, não é um fato social. Continuar e persistir em viver pelo amor era um equívoco hipócrita, e poderias um dia encontrar-te a viver na libertinagem.

Imaginas hoje que o amor é a única tendência, a única preocupação da tua vida… Não: é apenas ideia dominante na tua natureza. há outras exigências, que hoje não sentes chamarem dentro de ti, porque têm sido plenamente satisfeitas no meio legitimo em que tens vivido; mas quando, mais tarde, estiveres retirada de tudo, fechada no amor como numa concha, sentirás então amargamente que te falta o quer que seja que é a sociedade, a opinião, o centro de amizades, o rang, as consolações incomparáveis que dá a estima dos que nos saúdam. E o não encontrar então no mundo o teu lugar, elegante, aveludado, agaloado,

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pág. 222 (Capítulo 41)

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 222

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240