Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 45: CAPÍTULO II

Página 244

Pouco mais tenho que contar-lhe.

O conde de W… recebeu em Bruxelas uma carta da sua mulher contendo estas linhas:

«Destituo-me voluntariamente da minha posição na sociedade. De todos os direitos que por ventura pudesse ter, um só peço que não seja contestado: o direito de acabar. Suplico-lhe que me permita desaparecer, e que acredite na sinceridade da minha gratidão eterna.»

O doutor está, como ele mesmo disse, nos hospitais de sangue do exército francês.

Frederico Friedlan partiu repentinamente, no mesmo dia em que lançou no correio a carta de F…, para ir incorporar-se na segunda landwer do seu país.

F… e Carlos Fradique Mendes achavam-se há dias num a quinta dos subúrbios de Lisboa escrevendo, debaixo das árvores e de bruços na relva, um livro que estão fazendo de colaboração, e no qual - prometem-no eles à natureza mãe que viceja aos seus olhos - levarão a pontapés ao extermínio todos os trambolhos a que as escolas literárias dominantes em Portugal têm querido sujeitar as invioláveis liberdades do espirito.

Se me é lícito por último falar-lhe de mim, saberá, Sr. redator, que estou recolhido num a pequena casa na província. Se ainda se lembra de teresinha, não estranhara que eu acrescente que estou casado há dias. Precisava disto o meu coração: da paz de um lar tranquilo. Presenciar as profundas comoções romanescas da vida é como ter assistido a um grande naufrágio: sente-se então a necessidade consoladora das coisas pacíficas; então mais que nunca se reconhece que o ser humano só pode ter a felicidade no dever cumprido. - A. M. C.

A ÚLTIMA CARTA

Sr. redator do Diário de Noticias. - Podendo causar reparo que em toda a narrativa que há dois meses se publica no folhetim do seu periódico não haja um só nome que não seja suposto, nem um só lugar que não seja hipotético, fica V.

<< Página Anterior

pág. 244 (Capítulo 45)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 244

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240