Um quarto individuo, igualmente de costas para nós, estava perto do valado do outro lado do caminho, procurando alguma coisa, talvez uma pedra para calçar a carruagem.
É o resultado das sob-rodas que tem a estrada, observou o meu amigo. Provavelmente o eixo partido ou alguma roda desembuchada.
Passávamos a este tempo pelo meio dos três vultos a que me referi, e F… tinha tido apenas tempo de concluir a frase que proferira, quando o cavalo que eu montava deu repentinamente meia volta rápida, violenta, e caiu de chapa.
O homem que estava junto do valado, ao qual eu não dava atenção porque ia voltado a examinar a carruagem, determinara essa queda, colhendo repentinamente e com a máxima força as rédeas que ficavam para o lado dele e impelindo ao mesmo tempo com um pontapé o flanco do animal para o lado oposto.
O cavalo, que era um poldro de pouca força e mal manejado, escorregou das pernas e tombou ao dar a volta rápida e precipitada a que o tinham constrangido.
O desconhecido fez levantar o cavalo segurando-lhe as rédeas, e, ajudando-me a erguer, indagava com interesse se eu teria molestado a perna que ficara debaixo do cavalo.
Este individuo tinha na voz a entoação especial dos homens bem educados. A mão que me ofereceu era delicada. O rosto tinha-o coberto com uma mascara de cetim preto. Entrelembro-me de que trazia um pequeno fumo no chapéu. Era um homem ágil e extremamente forte, segundo denota o modo como fez cair o cavalo.
Ergui-me alvoroçadamente e, antes de ter tido ocasião de dizer uma palavra, vi que, ao tempo da minha queda, se travara luta entre o meu companheiro e os outros dois indivíduos que fingiam examinar a carruagem e que tinham a cara coberta como aquele de que já falei.
Puro Ponson du Terrail! Dirá o Sr.