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Capítulo 2: PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I

Página 8
Sei que há um abismo entre prometer um tiro e desfecha-lo. Eu movia bem a perna trilhada, o meu amigo estava montado num cavalo possante; somos ambos robustos; poderíamos talvez resistir por dez minutos, ou por um quarto de hora, e durante esse tempo nada mais provável, em estrada tão frequentada como a de Sintra nesta quadra, do que aparecerem passageiros que nos prestassem auxílio.

Todavia confesso que me sentia atraído para o imprevisto de uma tão estranha aventura.

Nenhum caso anterior, nenhuma circunstância da nossa vida nos permitia suspeitar que alguém pudesse ter interesse em exercer connosco pressão ou violência alguma.

Sem eu bem poder a esse tempo explicar porquê, não me parecia também que as pessoas que nos rodeavam projetassem um roubo, menos ainda um homicídio. Não tendo tido tempo de observar miudamente a cada um, e tendo-lhes ouvido apenas algumas palavras fugitivas, figuravam-se-me pessoas de bom mundo. Agora que de espírito sossegado penso no acontecido, vejo que a minha conjetura se baseava em varias circunstâncias dispersas, nas quais, ainda que de relance, eu atentara, mesmo sem propósito de analise. Lembro-me, por exemplo, que era de cetim alvadio o forro do chapéu do que levara a pancada na cabeça. O que apontara o revólver a F… trazia calçada uma luva cor de chumbo apertada com dois botões. O que me ajudara a levantar tinha os pés finos e botas envernizadas; as calças, de casimira cor de avelã, eram muito justas e de presilhas. Tinha esporas.

Não obstante a disposição em que me achava de ceder da luta e de entrar na carruagem, perguntei em alemão ao meu amigo se ele era de opinião que resistíssemos ou que nos rendêssemos.

- Rendam-se, rendam-se para nos poupar algum tempo que nos é precioso! disse gravemente um dos desconhecidos.

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 8

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240