— Ora, a chamar o tio, claro!
—Oh, sim, menina! Por favor, faça-o! — pediu Mrs. Grose.
— Ah, pode estar descansada que é isso mesmo que farei. Acabei de compreender que não temos outra saída. Miles pensa que estou com medo e julga que pode lucrar com a situação, por isso quero mostrar-lhe como está enganado. Sim, sim, o tio ficará ao corrente de tudo mal aqui chegue, e falarei na presença do rapaz, se necessário, já que não estou nada interessada em ser repreendida por não ter agido no que se refere ao problema da escola.
— Sim, sim, menina — insistiu a mulher.
— Bom, claro que há aquela história pavorosa.
Contudo, para a minha pobre companheira, as histórias pavorosas eram agora tantas que lhe custava saber a qual delas estava eu a referir-me.
— Que... que história?
— Ora, aquela da carta do director!
— Está a pensar em mostrá-la ao patrão?
— Era o que devia ter feito em primeiro lugar — resmunguei.
— Oh, de maneira nenhuma! — Mrs. Grose parecia apavorado.
Porém, era como se nada pudesse deter-me.
— Dir-lhe-ei que não posso ocupar-me dos problemas de uma criança que foi expulsa...