A sua hesitação demorou pouco mais de um segundo.
— É o Quint! — exclamou. — Quint?...
—Sim, o nome dele é Peter Quint. Era o criado pessoal do senhor quando ele aqui estava.
— O patrão?
Perturbada, ainda a arquejar, ela lá conseguiu explicar-me a situação.
— Ele nunca andava de chapéu, mas vestia... Bom, demos pela falta de alguns coletes! Estiveram os dois aqui, o ano passado. Depois o patrão foi-se e deixou Quint sozinho.
Eu ia percebendo, mas com algumas dificuldades.
— Sozinho?
—Bem, sozinho connosco—A mulher respirou fundo.—Foi ele quem ficou a tomar conta das coisas—acabou ela por acrescentar.
—E que foi que lhe sucedeu?
O silêncio que se seguiu foi de tal forma longo, que consegui ficar ainda mais perturbada.
—Também se foi—acabou por confessar.
— E foi para onde?
Neste momento, o rosto de Mrs. Grose apresentava uma expressão deveras perturbada.
— Só Deus sabe! Morreu. — Morreu?! — A minha pergunta soou quase como um grito. Tudo indicava estar ela a fazer um esforço enorme para se acalmar. — Sim, menina. Mr. Quint morreu.