Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 11: XI - DESFORRA DA POLÍCIA

Página 125

- Os Senhores de Hauteserre e de Simeuse, depois dos últimos acontecimentos, desistiram de pegar em armas contra a França. Têm pouca simpatia pelo governo imperial, e fazem parte do inúmero dessas pessoas que Vossa Majestade terá I de conquistar; mas contentar-se-ão em viver no solo francês, obedientes às leis - disse o ministro.

Em seguida apresentou ao imperador uma carta que recebera, e onde esses mesmos sentimentos eram expressos.

- Coisa tão franca deve ser sincera - observou o imperador, olhando para Lebrun e para Cambacérês. - Que objecções tendes ainda a fazer? - perguntou ele a Fouché.

- No interesse de Vossa Majestade - respondeu o futuro ministro da polícia geral -, peço licença para ser eu a transmitir a esses senhores a sua irradiação, quando ela estiver definitivamente concedida - disse em alta voz.

- Pois seja - tornou-lhe Napoleão, ao ver uma expressão preocupada no rosto de Fouché.

Este breve conselho foi interrompido sem que o assunto parecesse arrumado; mas teve como resultado deixar na memória de Napoleão uma nota suspeitosa a respeito dos quatro gentis-homens. O Senhor de Hauteserre, que acreditava no bom êxito do seu empreendimento, escreveu uma carta onde anunciava a boa nova. Não causou surpresa, portanto, aos habitantes de Cinq-Cygne, verem, alguns dias depois, Goulard participar à Senhora de Hauteserre e a Laurence que deveriam mandar os quatro gentis-homens a Troyes, onde o prefeito lhes entregaria. o decreto que os reintegrava em todos os seus direitos, depois da prestação de juramento e a adesão às leis do Império. Laurence respondeu ao maire que mandaria avisar os seus primos e os Senhores de Hauteserre.

- Então eles não estão aqui? - perguntou Goulard.

A Senhora de Hauteserre olhou ansiosamente para a jovem, que saiu do salão, deixando o maire, para consultar Michu.

<< Página Anterior

pág. 125 (Capítulo 11)

Página Seguinte >>

Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 125

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236