Violette aguardava, numa vasta antecâmara, o momento de ser recebido pelo senador e por Grévin para tratar do assunto relativo à prorrogação do seu contrato de arrendamento. Nessa altura, cinco homens mascarados e enluvados que, pela estatura, nos modos e nas atitudes faziam lembrar os Senhores de Hauteserre de Simeuse e- Michu caíam em cima do criado de quarto e de Violette, a quem amordaçaram com um lenço e amarraram a umas cadeiras numa dependência isolada. Apesar da rapidez dos agressores, a operação não se realizara sem que o criado de quarto e Violette soltassem cada um deles o seu grito. Esse grito foi ouvido no salão. As duas senhoras julgaram tratar-se de um pedido de socorro.
- Ouçam! - exclamou a Senhora Grévin - temos ladrões...
- Ora! é brincadeira da Serração de Velha! - disse Grévin -; vamos ter máscaras no castelo.
Esta discussão permitiu que os cinco desconhecidos tivessem tempo de fechar as portas do lado do pátio nobre, e de encurralarem o criado de quarto e Violette. A Senhora Grévin, pessoa assaz teimosa, quis, porém, saber qual a causa.
Quando a jovem condessa desapareceu, chegavam ao pé de Violette, Grévin a cavalo, acompanhado pelo guarda campestre da - comuna de Gondreville, a quem o guarda-portão dera um cavalo das cavalariças do castelo. A mulher do guarda-portão fora a visar a gendarmaria de Arcis.