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Capítulo 19: XIX-OS DEBATES

Página 199
Todos responderam com uma notável uniformidade. Depois de terem ido pela manhã passear a cá valo pela floresta, voltaram, à uma hora, para almoçar em Cinq-Cygne; após o almoço, -das três às cinco e meia, tinham voltado à floresta. Eis o que todos os acusados declararam uniformemente, variando apenas os depoimentos naquele aspecto em que referiam posições especiais. Quando o presidente pediu aos Senhores de Simeuse que apresentassem as razões que os tinham levado a sair de casa tão cedo, um e outro declararam que, desde o seu regresso, era seu intento resgatar Gondreville e que, no intuito de se avistarem com Malin, que chegara na véspera, haviam saído com a sua prima e Michu, para examinarem a floresta e basearem em dados certos a oferta que fizessem. Entretanto, os Senhores de Hauteserre, a sua prima e Gothard perseguiram um lobo assinalado pelos camponeses. Se o director do júri recolhera o rasto dos seus cavalos na floresta com o mesmo cuidado que o dos cavalos que tinham atravessado o parque de Gondreville, poderia verificar existirem vestígios da sua cavalgada em pontos muito afastados do castelo.

O interrogatório dos Senhores de Hauteserre confirmou os dos Senhores de Simeuse, estando em harmonia: com as suas declarações na investigação. A necessidade de justificarem o, seu passeio sugerira a todos os acusados a ideia de o atribuir à caça. Dias antes alguns camponeses tinham dado fé de um lobo na, floresta, e cada um deles aproveitou esse pretexto.

No entanto, o acusador público relevou contradições entre os primeiros interrogatórios, em que os Senhores de Hauteserre diziam terem caçado todos juntos, e o sistema adoptado na audiência, que deixava os Senhores de Hauteserre e Laurence a caçarem, enquanto os Senhores de Simeuse avaliavam a floresta.

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 199

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236