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Capítulo 19: XIX-OS DEBATES

Página 200

O Senhor de Granville observou que tendo sido o delito cometido apenas entre as duas e as cinco horas e meia, devia acreditar-se nos acusados quando explicavam a maneira como haviam empregado o seu tempo durante a manhã.

O acusador respondeu que os acusados tinham interesse em esconder os preparativos, para sequestrarem o senador.

, A habilidade da defesa saltou então a todos os olhos. Os juízes, os, jurados, a audiência; compreenderam logo que a vitória ia ser calorosamente disputada. Bordin e o Senhor de Granville pareciam ter previsto tudo, A, inocência dá contas claras e plausíveis dos seus actos. O dever, da defesa está, pois, em opor um romance provável ao romance improvável da acusação. Para o defensor que encara o seu constituinte como, inocente, a acusação é uma fábula. O interrogatório público dos quatro gentis-homens explicava suficientemente as coisas a seu favor. Até ali tudo ia bem. Mas o interrogatório de Michu foi mais grave, e levou, ao combate. Todos compreenderam então porque é que o Senhor de Granville preferira defender o servo a defender os amos.

Michu confessou as ameaças que fizera a Marion, mas desmentiu a violência que lhe atribuíam. Quanto à emboscada contra Malin disse que passeava regularmente pelo parque; o senador e o Senhor Grévin podiam ter tido medo ao verem o cano da sua espingarda, e atribuir-lhe, uma intenção hostil, quando afinal era a mais inofensiva possível. Chamou a atenção para o facto de um homem pouco habituado a caçar, poder supor que uma espingarda está apontada contra ele, quando a verdade é que pode estar ao ombro ou em descanso. Justificando o estado das suas roupas na altura, da detenção, disse ter caído na brecha ao voltar para, casa.

- Já sem luz para a escalar, tratei de, me agarrar às pedras - disse, ele -, que desabaram em cima de mim quando lhes deitei as mãos para trepar o caminho vão.

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pág. 200 (Capítulo 19)

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 200

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236