Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 20: XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA

Página 214
durante a noite. Laurence, interrogada sobre o esconderijo, foi obrigada a confessar que Michu o descobrira, e lho mostrara antes do caso dos seus primos como local apropriado, para subtrair, os quatro gentis-homens às buscas da polícia.

Logo que estes interrogatórios acabaram, o júri e os advogados foram avisados da continuação do julgamento. Às três horas o presidente abria a sessão, anunciando que os debates iam recomeçar com novos elementos. O presidente mandou mostrar a Michu as três garrafas de vinho, e perguntou-lhe se as conhecia como suas, chamando-lhe a atenção para a semelhança do lacre de duas garrafas vazias com o de uma cheia, retirada nessa manhã de, sua casa pelo juiz de paz na presença da mulher; Michu negou-se a reconhecê-las como suas; mas estes dois elementos de prova foram apreciados pelos jurados, a quem o presidente explicou que as garrafas vazias acabavam de ser encontradas no local em que o senador fora detido. Um por um interrogaram os acusados relativamente ao subterrâneo situado debaixo das ruínas do convento. Foi estabelecido, durante, os debates, após uma nova prova testemunhal de todas as testemunhas de acusação e de defesa, que aquele esconderijo, descoberto por Michu, só dele era conhecido, de Laurence e dos quatro gentis-homens. Pode calcular-se o efeito produzido na audiência e nos jurados no momento em que o acusador público anunciou que aquele subterrâneo, apenas do conhecimento dos acusados e de duas testemunhas, fora o cárcere do senador. Marta compareceu diante do tribunal. A sua entrada provocou a mais viva ansiedade no auditório e entre os acusados. O Senhor de Granville levantou-se para se opor ao testemunho da mulher, que vinha depor, contra o marido. O acusador público observou que, segundo confissão sua, Marta era cúmplice do delito; não tinha nem de prestar juramento, nem de fazer declarações, como testemunha; devia apenas ser, ouvida no interesse da verdade.

<< Página Anterior

pág. 214 (Capítulo 20)

Página Seguinte >>

Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 214

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236