Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 5: CAPÍTULO IV

Página 22
Há um que ainda não falou, que está sempre olhando para ti.

Receia que o conheças, é teu amigo talvez, não o percas de vista.

Um dos mascarados aproximou-se, perguntando:

- Quanto tempo pode ficar o corpo assim nesta chaise-longue?

Eu não respondi. O que me interrogou fez um movimento colérico, mas conteve-se. Neste momento o mascarado mais alto, que tinha saído, entrara, dizendo para os outros:

- Pronto!…

Houve uma pausa; ouvia-se o bater da pendula e os passos de F…, que passeava agitado, com o sobrolho duro, torcendo o bigode.

- Meus senhores, continuou voltando-se para nós o mascarado - damos-lhe a nossa palavra de honra que somos completamente estranhos a este sucesso. Sobre isto não damos explicações. Desde este momento os senhores estão retidos aqui. Imaginem que somos assassinos, moedeiros falsos ou ladrões, tudo o que quiserem. Imaginem que estão aqui pela violência, pela corrução, pela astucia, ou pela força da lei… como entenderem! O fato é que ficam até amanhã. O seu quarto - disse-me - é naquela alcova, e o seu - apontou para F. - lá dentro. Eu fico consigo, doutor, neste sofá. Um dos meus amigos será lá dentro o criado de quarto do seu amigo. Amanhã despedimo-nos amigavelmente e podem dar parte à polícia ou escrever para os jornais.

Calou-se. Estas palavras tinham sido ditas com tranquilidade. Não respondemos.

Os mascarados, em quem se percebia um certo embaraço, uma evidente falta de serenidade, conversavam baixo, a um canto do quarto, junto da alcova. Eu passeava. Numa das voltas que dava pelo quarto, vi casualmente, perto de uma poltrona, uma coisa branca semelhante a um lenço. Passei em frente da poltrona, deixei voluntariamente cair o meu lenço, e no movimento que fiz para o apanhar, lancei despercebidamente mão do objeto caído.

<< Página Anterior

pág. 22 (Capítulo 5)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 22

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240