Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 12: CAPÍTULO III

Página 68
O indubitável porém é que o desaparecimento já constatado da soma que o assassinado trazia consigo não pode adunar-se dentro desta casa com a probidade e com a honra.

Depois disto é quase escusado dizer-te qual é a determinação que vou tomar. O meu vizinho prussiano é um homem um tanto fantástico, mas parece-me sincero e honrado. Vou fechar esta carta, subscrita-la e pedir-lhe que a lance no correio. Acharei facilmente meio de a passar para o quarto dele. Se conseguir arrombar completamente, sem que me pressintam, o tapamento que serve de fundo ao armário, passarei eu em vez de expedir a carta. No caso contrario, apenas se abrir aquela porta, precipito-me sobre a pessoa ou pessoas que me embargarem o passo, e abrirei o meu caminho como todo o homem de bem que na sua consciência delibera passar por cima de meia dúzia de miseráveis.

Se te achas aqui, encarcerado como eu, por Deus juro-te que nos veremos amanhã. Se estás solto, se receberes esta carta, e vinte e quatro horas depois não souberes de mim, escreve a Frederico Friedlan, posta restante, Lisboa. Ele te procurará no lugar que indicares e te dirá onde estou. - Adeus. - F

* * * * *

Nota. - Juntamente com a carta publicada achavam-se as seguintes folhas de papel escritas pela mesma letra das cartas do médico, anteriormente publicadas nesta folha:

F… não apareceu. No mesmo dia, dois dias e três dias depois de haver recebido a extensa carta que ele me dirigiu e de que enviei logo a primeira parte, depois as seguintes, a essa redação, procurei por todos os meios ter notícias dele. Foram inúteis todos os esforços que empreguei. Escrevi a Frederico Friedlan. Não houve resposta. Mandei ao correio e soube que ainda ali se achava a carta que lhe dirigi e na qual lhe aprazava uma entrevista.

<< Página Anterior

pág. 68 (Capítulo 12)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 68

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240