- É o Saale - retorquiu-lhe ele, mostrando-lhe o exército prussiano, agrupado em grandes massas, do outro lado da corrente.
A noite aproximava-se, Laurence via acenderem-se as fogueiras e cintilarem as armas. O velho marquês, de uma intrepidez cavalheiresca, guiava ele próprio, ao lado do seu novo criado, dois bons cavalos comprados na véspera. Sabia muito bem que não voltaria a encontrar nem postilhões nem cavalos quando chegasse ao campo de batalha. De súbito, a audaciosa caleche, espanto de todos os soldados, foi detida por um gendarme do exército, que cavalgava a toda a brida atrás do marquês, gritando-lhe:
- Quem sois vós? Onde ides? Que pretendeis?
- O imperador - disse o marquês de Chargeboeuf -; sou portador de um importante despacho dos ministros para o marechal Duroc.
- Bom; não podeis ficar aqui - disse o gendarme.
A Menina de Cinq-Cygne e o marquês eram tanto mais obrigados a ficar ali quanto era certo o dia aproximar-se do fim.