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Capítulo 1: Marselha - A Chegada

Página 7

- Conforme o sentido que dê à pergunta, senhor. Se é como bom camarada, não, pois parece-me que não gosta de mim desde o dia em que cometi a tolice, depois de uma pequena discussão que tivemos, de lhe propor que nos detivéssemos dez minutos na ilha de Monte-Cristo para resolvermos a questão, proposta que não andei bem em fazer-lhe e que ele teve razão em recusar. Se é a respeito do guarda-livros que me faz a pergunta, creio não haver nada a dizer e que terá motivos para se sentir satisfeito com a forma como ele se desempenha da sua tarefa.

- Mas... Vejamos, Dantès, se fosse comandante do pharaon conservaria Danglars com prazer? - perguntou o armador.

- Comandante ou imediato, Sr. Morrel - respondeu Dantès - terei sempre a maior consideração por aqueles que possuírem a confiança dos meus armadores.

- Está bem, está bem, Dantès, vejo que é um excelente rapaz sob todos os aspetos. Não o retenho mais; vá, pois bem vejo que está sobre brasas.

- Posso contar com a minha licença? - perguntou Dantès.

- Pois sim.

- Permite-me que me sirva do seu barco? - à vontade.

- Adeus, Sr. Morrel, e mil vezes obrigado.

- Adeus, meu caro Edmond, felicidades! O jovem marinheiro saltou para o barco, sentou-se à popa e mandou seguir para a Cannebière. Dois marinheiros inclinaram-se imediatamente sobre os remos e a embarcação deslizou tão rapidamente quanto possível por entre os numerosos barcos que obstruíam a espécie de rua estreita que conduzia, através de duas filas de navios, da entrada do porto ao cais de Orleães.

O armador seguiu-o com a vista sorrindo, até Dantès alcançar a muralha, saltar para as lajes do cais e desaparecer imediatamente no meio da multidão variegada que das cinco da manhã às nove da noite enche a famosa Rua da Cannebière, de que tanto se orgulham os fócios modernos, os quais dizem com a maior seriedade do mundo e com a pronúncia que dá tanto carácter às suas palavras: «Se Paris tivesse a Cannebière seria uma pequena Marselha.»

Ao virar-se, o armador viu atrás de si Danglars, que aparentemente parecia esperar as suas ordens, mas que na realidade seguia também com a vista o jovem marinheiro.

Simplesmente, havia uma grande diferença na expressão do duplo olhar que seguia o mesmo homem.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 7

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069