O pai de Ângela, no propósito de cortar futuras negociações, ordenou secamente a sua irmã que mudasse Ângela para a companhia de outra tia professa nas beneditinas de Viana, se a não queria solteira em sua casa.
E Ângela abençoava a resistência do pai. Não conhecia uns, e não amava nenhum dos fidalgos que três séculos antes porfiariam em merecê-la acutilando-se reciprocamente. Os mais destros e insofridos o que faziam era chover cartas de empenho a D. Beatriz de Noronha, e presentes ao agresso confessor daquela distinta beata.
Temos, portanto, donzela invulnerável? Ângela desmentirá a exuberante sensibilidade de sua mãe? Ou, namorada das visões beatíficas do cristianismo, suspira pela soledade do cenóbio?
Muito longe disto, e muito adentro das raias da natureza humana estava a peregrina Ângela.