Ângela de Noronha Barbosa com Hermenegildo Fialho.
Entre as testemunhas deste consórcio, invejado das damas e cavalheiros do concelho, estava aquele João Pedro mordomo do general.
É que ele tinha chegado na véspera a entregar a D. Ângela o cofre das jóias de D. Maria d’Antas, e a mostrar uma carta, escrita desde Paris, em que o general dizia: “Se souberes onde para a senhora que pernoitou nessa casa, entrega-lhe um cacifro de objetos de oiro e pedras que está no meu quarto, e cobra recibo”.
João Pedro, informado da riqueza do noivo, antes de o ver, felicitou a filha de seu patrão; mas, depois que o viu, coçou as farripas da calva, e disse à puridade, a Vitorina:
- Oh! Com dez milheiros de diabos!...
- Então que é? - perguntou a criada.
- É que, se a fidalga não for santa, aquele homem há de ser...
E calou-se, porque adivinhou que eu tinha de contar fidelíssimas estas passagens.