Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 22: CAPÍTULO X

Página 128
ao meu quarto, mas não tinha sono; a noite era suave e languida, mordia-me uma áspera curiosidade, e com a astucia de um ladrão napolitano, desci as escadas, costeei o muro do jardim, debrucei-me, espreitei, e vi Carmen. Estava só! Extrema surpresa!

- E el querido? perguntei-lhe eu rindo.

Ela voltou-se em sobressalto e perguntou-me com a voz agitada:

- Qual querido?

- O que entrou agora?

- Não entrou ninguém.

- Eu vi.

- Conheceu?

- Não, onde está?

- Abriu as asas, voou! disse ela rindo-se e afastando-se em direção aos seus quartos.

- Diabo! pensei eu. É uma segunda edição da Torre de Nesle. Recebe-os, parte-os aos bocadinhos e enterra-os na areia!

No entanto, tinha a curiosidade excitada. Alguém tinha entrado misteriosamente, com uma chave falsa decerto, porque só o conde e eu tínhamos a chave daquela porta do jardim. Mas onde estava esse alguém? Teria entrado, e saído logo? Nesse caso não era uma entrevista de amor! Mas se não era um segredo de coração, para que era o mistério, a hora escura, o silêncio, a chave falsa?

Alguém teria ficado escondido no jardim? Corri-o todo, arbusto por arbusto, jasmim por jasmim. Estava deserto.

Deitei-me preocupado com aquela aventura. No outro dia, ao almoço, um criado em voz alta declarou que se tinha achado no jardim um pequeno punhal e que o hóspede a quem ele pertencesse o reclamasse em baixo, no office. Era um punhal, de forma curva como se usa no Hindustão. Tinha sido encontrado numa moita de buxo, de tal sorte que não parecia perdido, mas voluntariamente arremessado. Ninguém reclamou o punhal.

Tudo isto me causava uma singular curiosidade.

- Diabo! dizia eu comigo, estamos em terra italiana, apesar da polícia inglesa, e é provável que apesar da muita cerveja que habita Malta, ainda por aí haja alguma água tufana.

<< Página Anterior

pág. 128 (Capítulo 22)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 128

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240