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Capítulo 4: CAPÍTULO III

Página 15
O meu filho nascerá provavelmente esta noite ou amanhã pela manhã; não devendo saber ninguém quem é sua mãe, não devendo sequer por algum indício vir a suspeitar um dia quem ela seja, é preciso que o doutor ignore quem são as pessoas com quem fala, e qual é a casa em que vai entrar. Eis o motivo porque nós temos no rosto uma mascara; eis o motivo porque os senhores nos hão de permitir que continuemos a ter cerrada esta carruagem, e que lhes vendemos os olhos antes de os apearmos em frente do prédio a que vão subir. Agora compreende, continuou ele dirigindo-se a F…, a razão porque nos acompanha. Era-nos impossível evitar que o senhor viesse hoje de Sintra com o seu amigo, era-nos impossível adiar esta visita, e era-nos impossível também deixa-lo no ponto da estrada em que tomámos o doutor. O senhor acharia facilmente meio de nos seguir e de descobrir quem somos.

- A lembrança, notei eu, é engenhosa mas não lisonjeira para a minha discrição.

- A confiança na discrição alheia é uma traição ao segredo que nos não pertence.

F… achava-se inteiramente de acordo com esta maneira de ver, e disse-o elogiando o espírito da aventura romanesca dos mascarados.

As palavras de F… acentuadas com sinceridade e com afeto, pareceu-me que perturbaram algum tanto o desconhecido. Figurou-se-me que esperava discutir mais tempo para conseguir persuadir-nos e que o desnorteava e surpreendia desagradavelmente esse corte imprevisto. Ele, que tinha a replica pronta e a palavra fácil, não achou que retorquir à confiança com que o tratavam, e guardou, desde esse momento até que chegámos, um silencio que devia pesar às suas tendências expansivas e discursadoras.

É verdade que pouco depois deste diálogo a carruagem deixou a estrada de macadam em que até aí rodara e entrou num caminho vicinal ou num atalho.

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pág. 15 (Capítulo 4)

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 15

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240