Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 4: CAPÍTULO III

Página 16
O solo era pedregoso e esburacado; os solavancos da carruagem, que seguia sempre a galope governada por mão de mestre, e o estrepito dos stores embatendo nos caixilhos mal permitiriam conversar.

Tornámos por fim a entrar numa estrada lisa. A carruagem parou ainda uma segunda vez, o cocheiro apeou rapidamente, dizendo:

- Lá vou!

Voltou pouco depois, e eu ouvi alguém que dizia:

- Vão com raparigas para Lisboa.

A carruagem prosseguiu.

Seria uma barreira da cidade? Inventaria o que nos guiava um pretexto plausível para que os guardas nos não abrissem a portinhola? Entender-se-ia com os meus companheiros a frase que eu ouvira?

Não posso dize-lo com certeza.

A carruagem entrou logo depois num pavimento lajeado e daí a dois ou três minutos parou. O cocheiro bateu no vidro, e disse:

- Chegámos.

O mascarado que não tornara a pronunciar uma palavra desde o momento que acima indiquei, tirou um lenço da algibeira e disse-nos com alguma comoção:

- Tenham paciência! perdoem-mo… Assim é preciso!

F… aproximou o rosto, e ele vendou-lhe os olhos. Eu fui igualmente vendado pelo que estava em frente de mim.

Apeámo-nos em seguida e entrámos num corredor conduzidos pela mão dos nossos companheiros. Era um corredor estreito segundo pude deduzir do modo porque nos encontrámos e demos passagem a alguém que saía. Quem quer que era disse:

- Levo a carruagem?

A voz do que nos guiara respondeu:

- Leva.

Demorámo-nos um momento. A porta por onde tínhamos entrado foi fechada à chave, e o que nos servira de cocheiro passou para diante dizendo:

- Vamos!

Demos alguns passos, subimos dois degraus de pedra, tomámos à direita e entrámos na escada. Era de madeira, ingreme e velha, coberta com um tapete estreito.

<< Página Anterior

pág. 16 (Capítulo 4)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 16

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240