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Capítulo 1: CARTA AO EDITOR,

Página 3

Para nossa modesta satisfação basta-nos não ter cessado de trabalhar um só dia desde aquele em que datámos este livro até o instante em que ele nos reaparece inesperadamente na sua terceira edição, com um petulante arzinho de triunfo que, à fé de Deus, não lhe vai mal!

Então, como agora, escrevíamos honestamente, isto é, o melhor que podíamos: desse amor da perfeição, que é a honradez dos artistas, veio talvez a simpatia do público ao livro da nossa mocidade.

Há mais duas razões, para autorizar esta reedição.

A primeira é que a publicação deste livro, fora de todos os moldes até o seu tempo consagrados, pode conter, para uma geração que precisa de a receber, uma útil lição de independência.

A mocidade que nos sucedeu, em vez de ser inventiva, audaz, revolucionaria, destruidora de ídolos, parece-nos servil, imitadora, copista curvada de mais diante dos mestres. Os novos escritores não avançam um pé que não pousem na pegada que deixaram outros. Esta pusilanimidade torna todas as obras trôpegas, dá-lhes uma expressão estafada; e a nós, que partimos, a geração que chega faz-nos o efeito de sair velha do berço e de entrar na arte de muletas.

Os documentos das nossas primeiras loucuras de coração queimámo-los há muito, os das nossas extravagâncias de espirito desejamos que fiquem. Aos vinte anos é preciso que alguém seja estroina, nem sempre talvez para que o mundo progrida, mas ao menos para que o mundo se agite, Para ser ponderado, correto e imóvel há tempo de sobra na velhice.

Na arte, a indisciplina dos novos, a sua rebelde força de resistência às correntes da tradição, é indispensável para a revivescência da invenção e do poder criativo, e para a originalidade artística. Ai das literaturas em que não há mocidade! Como os velhos que atravessaram a vida sem o sobressalto de uma aventura, não haverá nelas que lembrar.

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 3

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240