Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CAPÍTULO VII

Página 42
Sei que, em resultado das primeiras noticias que lhe dei, o governador civil de Lisboa oficiou ao administrador de Sintra convidando-o a meter o esforço da sua polícia no descobrimento deste crime. Foram inúteis estas providências. Assim devia ser. O sucesso que constitui o assunto destas cartas está pela sua natureza fora da alçada das pesquizas policiais. Nunca me dirigi às autoridades, quis simplesmente valer-me do público, escolhendo para isso as colunas populares do seu periódico. Resolvi homiziar-me, receando ser vítima de uma emboscada.

São óbvias, depois disto, as rasões porque lhe oculto o meu nome: assignar estas linhas seria patentear-me; não seria esconder-me, como quero.

Do meu impenetrável retiro lhe dirijo esta carta. É manhã. Vejo a luz do sol nascente através das minhas gelosias. Oiço os pregões dos vendedores matinais, os chocalhos das vacas, o rodar das carruagens, o murmúrio alegre da povoação que se levanta depois de um sono despreocupado e feliz…

Invejo aqueles que não tendo a fatalidade de secretas aventuras passeiam, conversam, moirejam na rua. Eu - pobre de mim! - estou encarcerado por um mistério, guardado por um segredo!

P. S. Acabo de receber uma longa carta de F. Esta carta, escrita há dias, só hoje me veio à mão. Sendo-me enviada pelo correio, e tendo-me eu ausentado da casa em que vivia sem dizer para onde me mudava, só agora pude haver essa interessante missiva. aí tem, senhor redator, copiada por mim, a primeira parte dessa carta, da qual depois de amanhã lhe enviarei o resto. Publique-a, se quiser. É mais do que um importante esclarecimento neste obscuro sucesso; é um vestígio luminoso e profundo. F… é um escritor público, e descobrir pelo estilo um homem é muito mais fácil do que reconstruir sobre um cabelo a figura de uma mulher.

<< Página Anterior

pág. 42 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 42

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240