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Capítulo 8: CAPÍTULO VII

Página 41
A aventura desvanecia-se, tinha findado tudo.

O pobre morto, esse lá ficava, estendido no sofá, que lhe servia de sarcófago!

Achei-me só, na estrada. A manhã estava nevoada, serena, melancólica. Ao longe distinguia ainda a carruagem. Um camponês apareceu vindo do lado oposto àquele por onde ele desaparecia.

- Onde fica o Cacem?

- De lá venho eu, senhor. Sempre pela estrada, a meio quarto de légua.

A carruagem, pois, tinha-se dirigido para Sintra.

Cheguei ao Cacem fatigado. Mandei um homem a Sintra, à quinta de F., saber se tinham chegado os cavalos; pedi para Lisboa uma carruagem, e esperei-a a uma janela, por dentro dos vidros, olhando tristemente para as árvores e para os campos. Havia meia hora que estava ali, quando vi passar a toda a brida um fogoso cavalo. Pude apenas distinguir entre uma nuvem de pó o vulto quase indistinto do cavaleiro. Ia para Lisboa embuçado num a capa alvadia.

Tomei informações a respeito da carruagem que passara na véspera connosco.

Havia contradições sobre a cor dos cavalos.

Voltou de Sintra o homem que eu ali mandara, dizendo que na quinta de F. tinham sido entregues os cavalos por um criado do campo, o qual dissera que os senhores ao pé do Cacem, tinham encontrado um amigo que os levara consigo num a caleche para Lisboa. Daí a momentos chegou a minha carruagem. Voltei a Lisboa, corri a casa de F. O criado tinha recebido este bilhete a lápis: Não esperem por mim estes dias. Estou bom. A quem me procurar, que fui para Madrid.

Procurei-o debalde por toda a Lisboa. Comecei a inquietar-me. F. estava evidentemente retido. Receei por mim. Lembraram-me as ameaças do mascarado, vagas mas resolutas. Na noite seguinte, ao recolher para casa, notei que era seguido.

Entregar à polícia este negócio, tão vago e tão incompleto como ele é, seria tornar-me o denunciante de uma quimera.

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pág. 41 (Capítulo 8)

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 41

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240