A mulher apertou-me a mão com mais força.
— E que foi que viu?
—Um homem estranho. Estava a olhar lá para dentro.
— Mas que homem estranho?
— Não faço a mínima ideia. Em vão, Mrs. Grose lançou uma olhadela furtiva à nossa volta.
— Nesse caso, para onde é que ele foi?
— Garanto-lhe que, para mim, esse ainda é um mistério maior.
— Já o tinha visto antes?
— Sim, uma vez. Na torre velha. Ela lançou-me um olhar ainda maus penetrante.
— Está a querer dizer com isso que é um estranho?
— Oh, exactamente!
— Nesse caso, por que não falou comigo antes?
— Por várias razões. Mas agora, que a senhora já sabe...
Os olhos redondos de Mrs. Grose apressaram-se a aceitar o desafio.
— Ah, mas eu não sei nada, menina! — exclamou ela com a maior simplicidade. — Como é que posso saber se nem a menina tem a certeza de nada?
— Tem toda a razão. Não podia estar mais as escuras. — Não o viu noutro lugar a não ser na torre?
— E aqui, neste mesmo sítio.