Calafrio - Cap. 6: Capítulo 6 Pág. 40 / 164

Mrs. Grose voltou a olhar em volta.

— E que é que ele estava a fazer na torre?

— Estava lá parado a olhar para mim, sã isso.

A mulher parou alguns instantes para pensar. :

— Era um cavalheiro?

Não tive qualquer necessidade de reflectir a este respeito.

— Não. — A minha interlocurora parecia cada vez mais baralhada. — De maneira nenhuma.

— Então não era ninguém daqui? Nenhuma pessoa da aldeia?

— Não. Apesar de nada lhe dizer, já me certifiquei disso.

Ela deixou escapar um suspiro de vago alívio: aquilo, estranhamente, parecia positivo. Mas não chegava.

— Mas, se ele não é um cavalheiro?

— Que poderá ele ser? É um horror.

— Horror?!

— É... Deus me ajude se sei o que ele é!

Mais uma vez, a mulher examinou o espaço que nos rodeava. Acabou por fixar os olhos num ponto distante e, uma vez recomposta, virou-se para mim como se nada se tivesse passado.

— Está na hora de irmos até à igreja.

— Oh, mas eu não estou em condições de entrar na igreja!





Os capítulos deste livro