Mrs. Grose voltou a olhar em volta.
— E que é que ele estava a fazer na torre?
— Estava lá parado a olhar para mim, sã isso.
A mulher parou alguns instantes para pensar. :
— Era um cavalheiro?
Não tive qualquer necessidade de reflectir a este respeito.
— Não. — A minha interlocurora parecia cada vez mais baralhada. — De maneira nenhuma.
— Então não era ninguém daqui? Nenhuma pessoa da aldeia?
— Não. Apesar de nada lhe dizer, já me certifiquei disso.
Ela deixou escapar um suspiro de vago alívio: aquilo, estranhamente, parecia positivo. Mas não chegava.
— Mas, se ele não é um cavalheiro?
— Que poderá ele ser? É um horror.
— Horror?!
— É... Deus me ajude se sei o que ele é!
Mais uma vez, a mulher examinou o espaço que nos rodeava. Acabou por fixar os olhos num ponto distante e, uma vez recomposta, virou-se para mim como se nada se tivesse passado.
— Está na hora de irmos até à igreja.
— Oh, mas eu não estou em condições de entrar na igreja!