- Mais força teremos - disse o provençal.
- Mande apresentar o brigadeiro de Areis - gritou Corentin para um dos gendarmes.- Vamos lá ver o pavilhão do homem - observou para Peyrade.
- Violette, o nosso escuta, deve lá estar - voltou o provençal.
- Vamo-nos sem notícias - disse Corentin. Devíamos ter trazido connosco Sabatier. Dois não somos bastante. Brigadeiro! - disse ele ao ver entrar o gendarme, que apertou entre si e Peyrade - espero que não deixe que lhe façam o ninho atrás da orelha, como aconteceu ao brigadeiro de Troyes há bocado. Estamos convencidos de que Michu se acha metido no caso; vá a casa dele, abra hem os olhos para tudo, e venha dizer-nos o que viu.
- Um dos meus homens ouviu cavalos na floresta na altura em que estávamos a prender os criados, e eu tenho quatro figurões de primeira prontos para saltarem às canelas do primeiro que lá queira esconder-se - respondeu o gendarme.
Saiu; o ruído do galope do cavalo, que logo ressoou no empedrado do pátio, rapidamente se extinguiu.
-Bom! Eles ou seguem direitos a Paris ou recuam para a Alemanha - disse de si para consigo Corentin.
Sentou-se, tirou da algibeira da casaca um caderninho, escreveu duas ordens a lápis, dobrou-as e acenou a um dos gendarmes para que se aproximasse:
- A galope, a Troyes, acorda o prefeito, e diz-lhe que aproveite o nascer do dia para fazer funcionar o telégrafo.
O gendarme despediu num galope rasgado.
O significado desta agitação e as intenções de Corentin eram claras, tão claras que todos os habitantes do castelo sentiram apertar-se-lhes o coração; mas esta nova inquietação foi, de certo modo, mais um golpe no seu martírio, pois nesse momento tinham eles os olhos no precioso cofre. Enquanto conversavam os dois agentes espiavam a linguagem desses, olhares flamejantes.