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Capítulo 10: X - LAURENCE E CORENTIN

Página 111

Pelas seis horas da manhã, nascida a aurora, 0S dois agentes apareceram de novo.

Depois de explorarem o caminho, certificaram-se de que os dois cavalos tinham passado por ali para entrarem na floresta. Aguardavam as informações do capitão da gendarmaria encarregado de esquadrinhar a região. Deixando o castelo cercado sob a vigilância de um brigadeiro, foram almoçar a uma taberna de Cinq-Cygne, não, todavia, sem darem ordem para soltar Gothard, que continuara a responder a todas as perguntas que lhe faziam com torrentes de lágrimas, e Catarina, que se mantinha na mesma silenciosa imobilidade.

Catarina e Gothard entraram no salão e foram beijar as mãos de Laurence, estendida na sua poltrona. Durieu veio anunciar que Estela não ia morrer, mas que requeria muitos cuidados.

O maire, inquieto e curioso, encontrou Peyrade e Corentin na aldeia. Não pôde tolerar que dois funcionários superiores almoçassem numa reles taberna, e levou-os para sua casa. A abadia ficava a um quarto de légua da aldeia. No caminho Peyrade observou que o brigadeiro de Arcis não dera notícias algumas sobre Michu nem Vi0lette.

- Temos pela frente respeitáveis finórios - disse Corentin -; são mais fortes do que nós.

O padre está metido nisto, com certeza.

No momento em que a Senhora Goulard introduzia os dois funcionários numa vasta sala de jantar, sem fogão, chegava o tenente da gendarmaria, muito afadigado.

- Encontrámos o cavalo do brigadeiro de Arcis na floresta, sem o dono-disse ele a Peyrade. - Tenente - exclamou Corentin -, vá, num pulo, ao pavilhão de Michu; veja o que se passa por lá! São capazes de ter matado o brigadeiro.

Esta nova afectou o almoço do maire. Os parisienses engolíramos bocado com a celeridade de caçadores que aproveitam uma paragem para comerem, e regressaram ao castelo no seu cabriolet de verga, tirado pelo cavalo da posta, para estarem prontos a deslocar-se rapidamente a qualquer ponto onde a sua presença fosse requerida.

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pág. 111 (Capítulo 10)

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 111

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236