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Capítulo 10: X - LAURENCE E CORENTIN

Página 112
Quando estes dois homens voltaram a aparecer no salão onde tão grande perturbação tinham lançado, perturbação, medo, dor e as mais cruéis ansiedades, Laurence, de roupão; o gentil-homem e a esposa, o abade Goujet e a senhora sua irmã encontravam-se reunidos em volta do fogão, tranquilos, pelo menos na aparência.

«Se eles houvessem apanhado Michu - pensou Laurence -, tê-lo-iam trazido, Sinto pena de não ter sabido dominar-me; assim acabei por fazer luz nas suspeitas destes infames; mas tudo pode ainda remediar-se.» - Por quanto tempo ainda vamos ficar vossos prisioneiros? - perguntou ela aos dois agentes; num tom zombeteiro e despreocupado.

- Como é que ela sabe que nós estamos preocupados com o destino de Michu? Ninguém estranho entrou no castelo. Está a fazer pouco de nós! - disseram os dois espiões um ao outro no, olhar quê trocaram.

- Não os importunaremos por muito tempo já - tornou-lhe Corentin -; dentro de três horas apresentar-lhes-emos as nossas desculpas por termos perturbado o vosso sossego.

Ninguém respondeu. Este silêncio desdenhoso mais aguçou a raiva interior de Corentin, cujo juízo estava feito sobre o procedimento de Laurence e do cura, as duas inteligências daquele pequeno mundo. Gothard e Catarina puseram a mesa para o almoço junto do fogão, e o cura e a senhora sua irmã almoçaram também. Nem amos nem criados prestaram a menor atenção aos dois espiões, que passeavam de um lado para o outro no jardim no pátio no caminho, e de quando em quando voltavam a entrar no salão.

Às duas horas e meia O. tenente apareceu de novo.

- Encontrei o brigadeiro - disse ele a Corentin - estendido no caminho que vai do pavilhão a que chamam dos Cinq-Cygne para a quinta de Bellache, sem qualquer outro ferimento além de uma horrível contusão na cabeça, naturalmente provocada pela queda do cavalo.

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pág. 112 (Capítulo 10)

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 112

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236